Outono: Sopa, divórcios, oportunidades e energia metal definem estação do ano
Outono é sinónimo de reinício de rotinas, sobretudo quando se tem crianças. Mas também de sopa, depressão, divórcio, recomeço e energia yin, conforme a definição de cada área de estudo para esta estação do ano.
O Observatório Astronómico de Lisboa informa que o Outono decorre, no Hemisfério Norte, entre as 22:19 do dia 22 e as 17:47 de 21 de Dezembro. A estação começa com o equinócio de Setembro, quando o Sol "no seu movimento anual aparente corta o equador celeste".
A socióloga Alexandra Lopes, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, recorda que nas famílias com crianças o tempo é definido pelos ritmos dos mais novos.
"Há um simbolismo não tanto no Outono enquanto estação do ano, mas como regresso à escola", comenta a professora, lembrando que se diz o "ano passado" para enumerar acontecimentos, por exemplo, decorridos em Fevereiro, usando o ano lectivo e não o civil.
O sociólogo Moisés Espírito Santo nota que após a "plenitude e exuberância" dos meses quentes há um período de "necessidade de reiniciar e retomar o ciclo da vida".
Este período inscreve-se "numa certa nostalgia por causa do clima, que declina, e do sol, que vai desaparecendo", frisa.
Entre Setembro e Outubro, a psicóloga Cláudia Morais testemunha o aumento da terapia de casal, porque o contacto "24 sobre 24 horas" nas férias torna "mais fácil" que os "problemas venham à tona".
E as estatísticas mostram uma subida de pedidos de divórcio no último trimestre do ano, acrescenta.
A psicoterapeuta indica também um "ligeiro aumento dos pedidos de ajuda no que toca aos transtornos depressivos", devido à depressão sazonal, que afecta pessoas propensas a "esses estados mais ou menos melancólicos". "Mas não podemos falar da população em geral", realça.
Para a "generalidade das pessoas", o Outono é uma "oportunidade para recomeçar, para implementar mudanças importantes, mas também para retomar rotinas que fazem falta", desde que haja satisfação no trabalho.
Nos casos de "conflitos sérios", "tensões" e "insegurança até em termos das capacidades do trabalhador" pode haver "alguma ansiedade".
Roupas e alimentos são "instrumentos de termo-regulação", diz, por seu lado, a presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas, que aconselha alimentação diversificada, legumes e frutas para o tempo mais frio.
Alexandra Bento dá especial realce à sopa, pelo seu “duplo requisito”: é feita com legumes e “reconforta pela temperatura".
As frutas da época e ricas em vitamina C (laranjas e kiwis) protegem contra todas as gripes, refere a nutricionista, defendendo que suplementos vitamínicos "ficam para situações muito especiais" e avaliadas por profissionais de saúde.
Quem estuda as energias do Universo, segundo uma filosofia oriental, esta é a altura do yin e do metal.
Cláudia Castro, da Feng Shui Portugal, explica que se trata de energias mais "frias" e referentes à "noite".
O Feng Shui analisa as energias dentro das construções e que são específicas para cada espaço. Na rua, diz a consultora, as pessoas só têm que usar o "bom senso comum": recorrer a agasalhos para conseguir o equilíbrio.
Já Augusto Gouveia, professor na Escola Portuguesa de Feng Shui, acrescenta que o yin é uma "energia mais parada, mas calma e mais sossegada", que pode possibilitar mais tempo em casa e oportunidades para as pessoas "se conhecerem um pouco melhor".
Lusa/PL
O Observatório Astronómico de Lisboa informa que o Outono decorre, no Hemisfério Norte, entre as 22:19 do dia 22 e as 17:47 de 21 de Dezembro. A estação começa com o equinócio de Setembro, quando o Sol "no seu movimento anual aparente corta o equador celeste".
A socióloga Alexandra Lopes, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, recorda que nas famílias com crianças o tempo é definido pelos ritmos dos mais novos.
"Há um simbolismo não tanto no Outono enquanto estação do ano, mas como regresso à escola", comenta a professora, lembrando que se diz o "ano passado" para enumerar acontecimentos, por exemplo, decorridos em Fevereiro, usando o ano lectivo e não o civil.
O sociólogo Moisés Espírito Santo nota que após a "plenitude e exuberância" dos meses quentes há um período de "necessidade de reiniciar e retomar o ciclo da vida".
Este período inscreve-se "numa certa nostalgia por causa do clima, que declina, e do sol, que vai desaparecendo", frisa.
Entre Setembro e Outubro, a psicóloga Cláudia Morais testemunha o aumento da terapia de casal, porque o contacto "24 sobre 24 horas" nas férias torna "mais fácil" que os "problemas venham à tona".
E as estatísticas mostram uma subida de pedidos de divórcio no último trimestre do ano, acrescenta.
A psicoterapeuta indica também um "ligeiro aumento dos pedidos de ajuda no que toca aos transtornos depressivos", devido à depressão sazonal, que afecta pessoas propensas a "esses estados mais ou menos melancólicos". "Mas não podemos falar da população em geral", realça.
Para a "generalidade das pessoas", o Outono é uma "oportunidade para recomeçar, para implementar mudanças importantes, mas também para retomar rotinas que fazem falta", desde que haja satisfação no trabalho.
Nos casos de "conflitos sérios", "tensões" e "insegurança até em termos das capacidades do trabalhador" pode haver "alguma ansiedade".
Roupas e alimentos são "instrumentos de termo-regulação", diz, por seu lado, a presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas, que aconselha alimentação diversificada, legumes e frutas para o tempo mais frio.
Alexandra Bento dá especial realce à sopa, pelo seu “duplo requisito”: é feita com legumes e “reconforta pela temperatura".
As frutas da época e ricas em vitamina C (laranjas e kiwis) protegem contra todas as gripes, refere a nutricionista, defendendo que suplementos vitamínicos "ficam para situações muito especiais" e avaliadas por profissionais de saúde.
Quem estuda as energias do Universo, segundo uma filosofia oriental, esta é a altura do yin e do metal.
Cláudia Castro, da Feng Shui Portugal, explica que se trata de energias mais "frias" e referentes à "noite".
O Feng Shui analisa as energias dentro das construções e que são específicas para cada espaço. Na rua, diz a consultora, as pessoas só têm que usar o "bom senso comum": recorrer a agasalhos para conseguir o equilíbrio.
Já Augusto Gouveia, professor na Escola Portuguesa de Feng Shui, acrescenta que o yin é uma "energia mais parada, mas calma e mais sossegada", que pode possibilitar mais tempo em casa e oportunidades para as pessoas "se conhecerem um pouco melhor".
Lusa/PL