Esgotamento nervoso: do stress ao esgotamento
É comum ouvirmos falar de «esgotamento nervoso», mas, segundo Sofia Alves da Silva, «este termo não define um diagnóstico clínico-psicológico reconhecido.
É utilizado na linguagem do senso comum e abarca uma quantidade de perturbações que resultam num estado de exaustão, cujas origens são diversas».
Assim, e não existindo uma designação aceite pela generalidade dos psicólogos, em Portugal, para classificar este diagnóstico, a psicóloga opta por lhe chamar «esgotamento», porque ilustra bem o processo evolutivo dos pacientes e pela capacidade descritiva da palavra.
Para falar de esgotamento, «é necessário clarificar o conceito de stress, que é muito falado, mas pouco compreendido».
«Foi a partir do século XVII utilizado na Física, para designar uma força exterior que é exercida sobre um determinado corpo. Se essa força exceder o limite de elasticidade do corpo, este vai ficar deformado e não volta ao seu estado inicial – como acontece quando esticamos demasiado uma mola», explica a psicóloga, completando:
«Mais tarde, já no século XX, esta ideia de limite de elasticidade passou a ser aplicada na Medicina e na Psicologia, tendo sido adoptado o termo “limite de elasticidade emocional”.»
«Neste contexto, o stress designa o resultado de uma exigência que provoca um desequilíbrio emocional. No decorrer deste processo, a pessoa avalia a situação de stress e os recursos de que dispõe para lhe fazer face, desenvolvendo estratégias de adaptação que podem ou não ser adequadas.»
Apesar de no senso comum o stress ter apenas um sentido pejorativo, como conceito psicológico, «pode ser positivo ou negativo, dependendo do modo como a pessoa o percepciona e o resolve.»
«Se for adequadamente resolvido, o stress pode constituir um factor de motivação pessoal. Caso contrário, todo o corpo quebra, o físico e o psicológico – duas realidades indissociáveis», sublinha Sofia Alves da Silva, concluindo:
«O esgotamento surge da incapacidade de resolução da situação de stress, com consequências negativas para a saúde do indivíduo. A pessoa esgota os seus recursos de adaptação e não consegue responder às exigências que lhe são feitas.»
«Quando as falhas se tornam constantes e afectam a auto-estima do indivíduo, juntamente com a manifestação de outras perturbações psíquicas e físicas, ele pode estar a caminho do esgotamento.»
continua semana que vem...
retirado do sapo
É utilizado na linguagem do senso comum e abarca uma quantidade de perturbações que resultam num estado de exaustão, cujas origens são diversas».
Assim, e não existindo uma designação aceite pela generalidade dos psicólogos, em Portugal, para classificar este diagnóstico, a psicóloga opta por lhe chamar «esgotamento», porque ilustra bem o processo evolutivo dos pacientes e pela capacidade descritiva da palavra.
Para falar de esgotamento, «é necessário clarificar o conceito de stress, que é muito falado, mas pouco compreendido».
«Foi a partir do século XVII utilizado na Física, para designar uma força exterior que é exercida sobre um determinado corpo. Se essa força exceder o limite de elasticidade do corpo, este vai ficar deformado e não volta ao seu estado inicial – como acontece quando esticamos demasiado uma mola», explica a psicóloga, completando:
«Mais tarde, já no século XX, esta ideia de limite de elasticidade passou a ser aplicada na Medicina e na Psicologia, tendo sido adoptado o termo “limite de elasticidade emocional”.»
«Neste contexto, o stress designa o resultado de uma exigência que provoca um desequilíbrio emocional. No decorrer deste processo, a pessoa avalia a situação de stress e os recursos de que dispõe para lhe fazer face, desenvolvendo estratégias de adaptação que podem ou não ser adequadas.»
Apesar de no senso comum o stress ter apenas um sentido pejorativo, como conceito psicológico, «pode ser positivo ou negativo, dependendo do modo como a pessoa o percepciona e o resolve.»
«Se for adequadamente resolvido, o stress pode constituir um factor de motivação pessoal. Caso contrário, todo o corpo quebra, o físico e o psicológico – duas realidades indissociáveis», sublinha Sofia Alves da Silva, concluindo:
«O esgotamento surge da incapacidade de resolução da situação de stress, com consequências negativas para a saúde do indivíduo. A pessoa esgota os seus recursos de adaptação e não consegue responder às exigências que lhe são feitas.»
«Quando as falhas se tornam constantes e afectam a auto-estima do indivíduo, juntamente com a manifestação de outras perturbações psíquicas e físicas, ele pode estar a caminho do esgotamento.»
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