Mais de 60% desconhecem presidência portuguesa da UE
Decididamente a Europa ainda é um tema de baixa prioridade na agenda dos portugueses. Portugal assume a presidência da União Europeia a 1 de Julho, mas apenas 39,6% declararam ter conhecimento desse facto. Do outro lado, uma esmagadora maioria que ou admitiu ignorá-lo (48,4%) ou se refugiou no ‘não sabe, não responde’ (12%).
Os resultados da sondagem Expresso / SIC / Rádio Renascença / Eurosondagem revelam que os entrevistados têm tendência para desvalorizar o cargo, pois só 22,8% acreditam que a liderança europeia vai trazer benefícios concretos a Portugal. Mais numeroso (37%) é o grupo dos que esperam um reforço do nosso prestígio internacional e 27,8% integram a corrente dos cépticos (‘nem uma coisa nem outra’) que vêem na presidência um pretexto para relegar os problemas internos para segundo plano.
Também as mensagens políticas da quadra natalícia não parecem mobilizar os portugueses. De acordo com o painel, só um em cada cinco (20%) assistiu à tradicional mensagem televisiva de Ano Novo do Presidente da República, audiência ligeiramente inferior à registada durante a transmissão da mensagem de Natal do primeiro-ministro (22%). Entre os entrevistados que afirmaram ter acompanhado as intervenções de Cavaco Silva e de José Sócrates, a grande maioria (42,2%) afirmou ter-se identificado com ambas as mensagens, ao passo que 18,3% declararam ter simpatizado mais com as palavras do chefe do Estado, 13,9% revelaram preferir o discurso do primeiro-ministro e 20% disseram discordar dos dois.
Uma análise mais aprofundada do discurso de Cavaco radicaliza o painel que considera insuficientes os desafios ao Governo para produzir em 2007 melhorias visíveis nas áreas da Economia, da Educação e da Justiça. A maioria absoluta dos entrevistados (54,6%) sustenta que o Presidente deveria ter sido mais exigente, enquanto apenas 25,6% lamentam que tenha ido tão longe e 19,8% dizem não saber ou não querer responder. Curiosamente, uma percentagem bastante considerável (43,8%) acredita que o Executivo de José Sócrates vai ser capaz de responder positivamente aos reptos de Cavaco, ao passo que 38,4% duvidam da eficiência governamental e 17,8% não emitiram opinião.
retirado do jornal Expresso
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