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  • 2006-07-26

    Novos avós: sem manta nem bengala

    As pessoas têm filhos cada vez mais tarde mas isso não quer dizer que os avós estejam a ficar mais velhos. Pelo contrário. Fazem "aquelas coisas que os pais não podem". E gostam de ir ao McDonald"s (não contem isto aos pais das crianças). Hoje é Dia Nacional dos Avós.

    Mariana Lopes Alves está a falar do que costuma fazer com os netos e, a julgar pelo seu sorriso, do que não devia fazer com os netos. Comer com eles no McDonald"s, por exemplo. "Sou pior do que eles", ri-se, como se fossem os netos que acedessem a acompanhar a avó quando lhe apetece um hambúrguer.

    Mariana foi mãe tardia - teve a última filha aos 42 anos - e avó em tenra idade, aos 46. Ser mãe tardia é cada vez mais comum, ser avó cedo é cada vez mais raro, e em ambos os casos a causa é a mesma: as pessoas têm filhos cada vez mais tarde. Em Portugal, as taxas de fecundidade abaixo dos 30 anos estão a descer e acima dos 30 estão a aumentar. No início de Julho, uma psiquiatra britânica foi mãe aos 62 anos. É por estas e por outras que, no Financial Times, alguém escreveu: "Pelo caminho que as coisas estão a levar, os meus netos poderão não vir a experimentar a alegria de ser avós." O intervalo entre as gerações está a aumentar. Mas - e esta é a boa notícia - também "a convivência entre as diferentes gerações é mais frequente", refere Karin Wall, socióloga do Instituto de Ciências Sociais cuja área de investigação é a família. Dito de outro modo: "Como as pessoas vivem mais tempo, têm mais hipóteses de estar vivas na altura em que nascem os netos".

    Porque a esperança de vida é maior - 81 anos para as mulheres, 74 para os homens, segundo números de 2004 -, os avós modernos são cada vez mais novos. Ou cada vez menos velhos. Como diz Karin Wall, "hoje, uma pessoa de 70 anos ainda pode estar a trabalhar; isso compensa o facto de as pessoas terem filhos mais tarde." Os poucos estudos que existem sobre as gerações mais velhas traçam um perfil dos avós que deita por terra a imagem tradicional do idoso aposentado, de bengala ou manta nos joelhos e com todo o tempo do mundo. Os avós modernos tendem a ser mais activos e mais autónomos. Ou, como diz Mariana Lopes Alves, 56 anos, "aquela avó tradicional, de estar em casa a receber os netos já não existe".

    "É como ser mãe novamente"

    Avó é ir para a praia à meia-noite e tomar banho com os netos. Como Anabela Santiago, 54 anos, funcionária da Segurança Social, avó há quase 14 anos. "Ao pé deles não sei se me sinto mais nova se me faço mais nova...", diz, em jeito de justificação. Nada a ver com a relação que tinha com os seus próprios avós: a avó paterna, daquelas que ensinavam piano e canto, impôs que os netos a tratassem por "madrinha". "Avó" é que não: "avó" era sinónimo de velhice e ela nunca disse a sua idade.

    "Isso era antigamente", declara Maria da Luz Caldeira, empregada de loja num centro comercial de Lisboa. A idade e o facto de ser avó parecem duas coisas improváveis para o seu corpo de miúda - e é justamente por ser inesperado que ela o diz alto e bom som: 47 anos e avó... A filha de 21 anos deu-lhe uma neta há nove meses. Quando a vêem com a pequena "perguntam se é filha". Ela própria, diz, não se lembra de que é avó. "É como ser mãe novamente", resume. Com vantagens: "Uma pessoa quando é nova e tem o primeiro filho não tem experiência nenhuma. Faço coisas com a minha neta que não fazia com a minha filha." Brincar, por exemplo. "Tenho mais tempo e mais paciência."

    Mariana Lopes Alves, 56 anos, diz-se "jovial" para explicar a "cumplicidade" que tem com os netos. Mas nem seria preciso dizê-lo: está à vista - no rosto, na forma de vestir, no discurso. Filha de pais separados, cresceu em casa dos avós maternos, a que chamava "o convento" por ter de obedecer "a toda a gente", incluindo criadas. "Eu era o lugar mais baixo da família", ri-se. Compara o ser avó com um monge budista ou um velho índio, "daqueles que se vêem nos filmes e que atiram aquelas frases..."

    Porque têm uma "capacidade para entender e alertar" diferente dos pais - "os pais penalizam mais" - e dão mais espaço aos netos para estes errarem (é também essa a imagem que temos dos mestres budistas e dos velhos índios: alguém que observa o outro e o deixa errar, ciente de que assim também se aprende). Um avô pode dar-se ao luxo de não obrigar os netos a comer a sopa. "Depois vamos ao cinema e eles comem dois hambúrgueres. É só disparates", ri Mariana, que se dedica ao voluntariado no bairro lisboeta onde mora.

    Ela pode fazer estas coisas sem se sentir culpada: afinal, é avó e os avós fazem coisas "que os pais não podem".

    Karin Wall explica que "existe um novo espírito de família centrado nos afectos". Se, no passado, a relação avô-neto era "mais hierárquica" e autoritária, actualmente "os avós podem pensar o seu papel numa lógica de afectividade e companheirismo". A sociologia baptizou-os recentemente de "avós-clube", diz Wall. "Estão mais interessados em fazer coisas com os netos, vêem-se como amigos dos netos."

    Anabela Santiago diz-se "100 por cento amiga" dos netos. "Educadora, não. Educar faz parte da amizade. Quando os amigos erram, somos os primeiros a chamar a atenção".

    retirado do site: www.publico.pt

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