Internet: maioria dos pais portugueses ignora formas de proteger os seus filhos
O número de pais portugueses que admitem precisar de informações sobre como proteger os seus filhos contra os perigos da Internet é muito superior ao da União Europeia, lembrou hoje o director do projecto "MiudosSegurosNa.net".
O director do projecto, Tito Morais, que falava à agência Lusa em Matosinhos à margem de um seminário sobre "Riscos online para crianças e jovens", recordou que, apesar de não haver estudos aprofundados em Portugal sobre o assunto, um relatório europeu de 2004 apontava que 66 por cento dos pais portugueses diziam necessitar de mais informações sobre como lidar com a situação, enquanto a média da UE era de 48 por cento.
No mesmo estudo pode ler-se que 55 por cento dos pais portugueses não sabiam como os seus filhos reagiriam face a conteúdos online que os deixassem desconfortáveis - quando a média da Europa, então apenas com 15 países, era de 38 por cento.
O relatório refere ainda que 67 por cento dos encarregados de educação nacionais não sabiam onde nem como denunciar casos danosos ocorridos via Internet, quando no resto da Europa esse valor é de apenas 38 por cento.
Foi precisamente em 2004 que Tito Morais fundou o site www.miudossegurosna.net, onde passou a publicitar online os artigos que desde o ano anterior vinha escrevendo no jornal "A Capital".
Os problemas dos "cinco C”
Actualmente, os pais de jovens que navegam na Net defrontam-se sobretudo com cinco problemas, a que Tito Morais chamou "os cinco C: conteúdos, contactos, comércio, comportamentos e copyright". "É preciso ter em conta com que conteúdos os jovens se confrontam, que tipo de contactos levam a cabo e a que práticas comerciais e publicitárias não éticas eles estão sujeitos", explicou.
Tito Morais salientou ainda a importância crescente que têm os problemas relacionados com os comportamentos compulsivos dos jovens - "os médicos debatem actualmente se existe o vício da Internet" - e com violações dos direitos de autor. "Nas próprias escolas cresce cada vez mais o número de casos de plágio em trabalhos por parte dos alunos", disse.
Para responder a estes problemas não existe propriamente uma solução única inscrita num manual e por vezes as atitudes dos pais são mesmo contraproducentes, afirma.
"Muitas vezes os pais julgam que estão a resolver problemas, mas não estão, como quando tiram os computadores de casa - o que se limita a retirar-lhes o controlo da situação, porque eles vão procurar a net noutros locais", disse.
Para Tito Morais, qualquer solução passa pela conjugação de factores de carácter tecnológico, parental, educacional e legal. "Podem instalar-se sistemas de controlo no próprio computador, acompanhar e supervisionar o que os jovens fazem na net, educá-los para um comportamento mais prudente e conhecer a lei para saber como agir face às situações que se levantem", acrescentou.
A conferência em Matosinhos inseriu-se num ciclo de debates e acções de formação que Tito Morais está a levar a cabo e que continua a 27 de Março em Setúbal e a 28 em Torres Novas e Gondomar.
O director do projecto, Tito Morais, que falava à agência Lusa em Matosinhos à margem de um seminário sobre "Riscos online para crianças e jovens", recordou que, apesar de não haver estudos aprofundados em Portugal sobre o assunto, um relatório europeu de 2004 apontava que 66 por cento dos pais portugueses diziam necessitar de mais informações sobre como lidar com a situação, enquanto a média da UE era de 48 por cento.
No mesmo estudo pode ler-se que 55 por cento dos pais portugueses não sabiam como os seus filhos reagiriam face a conteúdos online que os deixassem desconfortáveis - quando a média da Europa, então apenas com 15 países, era de 38 por cento.
O relatório refere ainda que 67 por cento dos encarregados de educação nacionais não sabiam onde nem como denunciar casos danosos ocorridos via Internet, quando no resto da Europa esse valor é de apenas 38 por cento.
Foi precisamente em 2004 que Tito Morais fundou o site www.miudossegurosna.net, onde passou a publicitar online os artigos que desde o ano anterior vinha escrevendo no jornal "A Capital".
Os problemas dos "cinco C”
Actualmente, os pais de jovens que navegam na Net defrontam-se sobretudo com cinco problemas, a que Tito Morais chamou "os cinco C: conteúdos, contactos, comércio, comportamentos e copyright". "É preciso ter em conta com que conteúdos os jovens se confrontam, que tipo de contactos levam a cabo e a que práticas comerciais e publicitárias não éticas eles estão sujeitos", explicou.
Tito Morais salientou ainda a importância crescente que têm os problemas relacionados com os comportamentos compulsivos dos jovens - "os médicos debatem actualmente se existe o vício da Internet" - e com violações dos direitos de autor. "Nas próprias escolas cresce cada vez mais o número de casos de plágio em trabalhos por parte dos alunos", disse.
Para responder a estes problemas não existe propriamente uma solução única inscrita num manual e por vezes as atitudes dos pais são mesmo contraproducentes, afirma.
"Muitas vezes os pais julgam que estão a resolver problemas, mas não estão, como quando tiram os computadores de casa - o que se limita a retirar-lhes o controlo da situação, porque eles vão procurar a net noutros locais", disse.
Para Tito Morais, qualquer solução passa pela conjugação de factores de carácter tecnológico, parental, educacional e legal. "Podem instalar-se sistemas de controlo no próprio computador, acompanhar e supervisionar o que os jovens fazem na net, educá-los para um comportamento mais prudente e conhecer a lei para saber como agir face às situações que se levantem", acrescentou.
A conferência em Matosinhos inseriu-se num ciclo de debates e acções de formação que Tito Morais está a levar a cabo e que continua a 27 de Março em Setúbal e a 28 em Torres Novas e Gondomar.
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